Recentemente recebemos o contato pelo falecom@roteiroamerica.com de mais uma família brasileira que foi barrada do Aeroporto Internacional de Miami e impedida de entrar nos Estados Unidos, após ficar 15 dias no México em quarentena. O casal que desembarcou na companhia de dois filhos menores de idade, possuia o visto de turismo ou business B1/B2, teve o visto rabiscado e cancelado por suspeita de tentativa de imigração ilegal devido a grupo de trabalho em Orlando.
O agente de imigração pode fazer isso?
Sim, o agente de imigração tem o “discretion” de autorizar, rejeitar ou até cancelar o determinado visto caso trata-se de suspeita de tentativa de utilização do determinado visto para outro fim que não seja o tal, no caso, turismo ou business.
A família relatou que na chegada em MIA vindo do México depararam-se com uma uma fila descomunal, maior do que o custume de outras de viagens passadas à Florida, após cerca de 1 hora na fila, eles alcançaram o agente de CBP que os confrontara sobre o motivo da viagem durante a pandemia, que embora quase “superada” nos Estados Unidos, ainda segue latente nos países latinos, os memos alegaram turismo e a permanência de 24 dias.
Até aí tudo correu bem, todavia, por algum motivo o agente convidou-os para o acompanhar para a secundária, a conhecida “salinha” – mais uma vez, o agente tem a liberdade de enviar passageiros para a secundária mesmo que tem motivos aparentes ou facilmente interpretados.
Eles permaneceram aguardando em um banco com uma série de viajantes de diversas nacionalidades, em sua maioria brasileiros e latinos. Alguns no mesmo voo que havia saído de Cancún-MEX. A espera demorou aproximadamente 5 horas e nada foi servido ou oferido para comer, apenas havia um bebedouro que era utilizado apesar das restrições da COVID-19.
Na sala da secundária (salinha aeroporto estados unidos), o casal foi que teve seus passaportes retidos até então foi questionado sobre o motivo da viagem. Ele alegou viagem que estava de férias em seu trabalho de agente público no RJ, os agentes pediram para verificar quanto em dinheiro eles possuiram e verificaram $8,000 em espécie.
Embora já cansados e nervosos, além da dificuldade em se expressar em inglês o que dificulta a comunicação, eles conseguiram defender que visitariam Miami, Keywest e posteriomente Orlando daonde partia o voo de volta em Agosto.
Ainda assim, o agente pediu para verificar os celulares pois queriam verificar os números de contatos (isso foi o que eles entenderam); até então, os aparelhos estavam com eles. Após mais uma hora, o agente voltou com um hispano que falava português fluentemente e ai que a “casa caiu” o agente verificou uma série de grupos no Facebook, eles participavam de mais de 10 grupos e sobretudo o grupo de limpeza de casas em Orlando.
Neste momento, já quase 6 horas passadas, filhos com fome, eles não conseguiram explicar o porque de participar de grupos de trabalho se apenas pretendiam turistar e fazer compras no outlet e BestBuy e foram colocados no voo de volta para Cancún. Por “sorte”, o agente os colocou em um voo de volta que partir naquela noite e eles não tiveram de pernoitar no banco.
Palavras do editor: Existem diversas maneiras de vir para os Estados Unidos de forma legal, pesquise bem antes de tomar uma decisão que prejudique sua família. Comente abaixo . Mande o seu relato para falecom@roteiroamerica.com